Leis especiais combateriam crimes contra raridades da fauna russa

Rússia quer aumentar repressão ao tráfico de animais

O parlamento russo deverá discutir a criação de leis que criminalizem o tráfico de animais ameaçados de extinção. A declaração foi prestada por representantes do Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais do país. O documento tratará da criação ilegal, transporte e venda de tigres, leopardos e outros representantes raros da fauna da Rússia.

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) da Rússia, entre 50 e 60 tigres siberianos são mortos anualmente. Mas, de acordo com Vladimir Krever, membro da organização, uma avaliação mais precisa dos dados poderia mostrar números ainda maiores. Recentes prisões de pessoas que comercializavam peles desses animais indicam a morte de pelo menos 18 tigres.

A situação dos ursos também não é das melhores. A utilização de patas e vesículas biliares desses animais na produção de remédios é muito comum na medicina chinesa. Neste país também é comum o uso de glândulas de veado-almiscareiro, encontrado na Sibéria, na fabricação de perfumes. Alguns ambientalistas pedem que na nova lei sejam incluídas penas semelhantes àquelas aplicadas nos casos de tráfico de drogas ilícitas. Na Rússia, a legislação contra o comércio, produção e posse de narcóticos prevê até 10 anos de prisão para os envolvidos.