Base do Projeto Tamar é inaugurada e tartarugas são soltas em Vitória


Nova base fica na Ilha do Papagaio, na Praça do Papa.
Segundo projeto, Vitória tem alto índice de tartarugas mortas no mar.



Uma nova base do Projeto Tamar foi inaugurada em Vitória, na manhã desta quarta-feira (23). A base fica na Ilha do Papagaio, ao lado da Praça do Papa, na Praia do Suá. A inauguração foi realizada durante a Feira do Verde, que acontece até o próximo dia 27.

Segundo o Projeto Tamar, a causa da criação de mais uma base é o grande número de tartarugas mortas que têm aparecido em Vitória. "Aqui temos o maior índice de tartarugas mortas, seja por captura em redes, por ingestão de lixo, ou até doenças que têm sido detectadas em áreas poluídas do mar", diz o coordenador do Projeto Tamar, João Carlos Thomé.

Para marcar o início das atividades da nova base na capital, duas tartarugas verdes foram soltas no mar.

De acordo com o Projeto Tamar, somente em 2011, 250 tartarugas mortas apareceram nas praias capixabas. Entre elas, muitas tartarugas gigantes foram encontradas. No litoral Norte do Espírito Santo, somente no último mês, quatro tartarugas gigantes foram encontradas. O Ibama informou que realiza fiscalizações quanto à pesca com redes irregulares em todo o estado. Neste ano, está em curso a operação Argos, de combate à pesca ilegal. Também segundo o Ibama, as redes apreendidas são incineradas e não podem ser reaproveitadas.

Uma rinha de pássaros foi desmontada no início da tarde de ontem na Vila Príncipe de Gales, em Santo André. Por meio de denúncia anônima, policiais militares da 2ª Companhia do 10º Batalhão chegaram ao sobrado de três andares, na Rua Teresina, que abrigava a prática ilegal. Trinta e duas pessoas foram detidas e encaminhadas ao 2º Distrito Policial da cidade.

No local, policiais ambientais encontraram 79 canários-da-terra e um trinca-ferro, justamente espécies ameaçadas pela caça e tráfico de animais. A maioria estava dentro de pequenas malas - de madeira ou revestidas por couro - com capacidade para guardar dois casais. Usadas para transportar as aves, parecem maletas comuns quando estão fechadas.

Os pássaros estavam no andar térreo da residência. Para entrar no ambiente, era preciso passar por uma porta com isolamento acústico. Latas de cerveja, marmitas, copos e uma garrafa de café evidenciavam a reunião.

Cercada por bancos de madeira, uma mesa mantinha a grande gaiola que funcionava como rinha. Nela, duas fêmeas eram colocadas em pequenos compartimentos separados, onde começavam a se desentender. Pouco depois, os machos irritados eram soltos em área maior na qual brigavam até que um deles morresse ou desistisse da luta.

Os acusados responderão pelo crime contra o meio ambiente por usar espécies da fauna silvestre de forma indevida. A pena é de seis meses a um ano, além de multa que, nesse caso, corresponde a R$ 1.000 por ave (R$ 80 mil no total).

Os pássaros poderão ser encaminhados à Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre ou para o Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo. Denúncias contra crimes ambientais podem ser feitas pelo 0800 11 3560 ou 4123-4586.