A 16ª Conferência da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) foi realizada na Tailândia até quinta-feira, 14 de março. Enquanto alguns países alertaram para a ameaça aos elefantes, caçados devido ao marfim, e aos crocodilos (em razão do couro), o Brasil tentava alertar a mais de 170 países sobre o risco da superexploração do setor pesqueiro para quatro espécies marinhas.
Depois de uma batalha que durou dez dias, o país conseguiu uma vitória internacional histórica: o apoio de 120 nações para o controle sobre o comércio internacional de três espécies de tubarão: martelo (hammerheads), galha-branca (oceanic whitetip) e Lamna nasus (porbeagle), além das raias-jamanta (manta rays).
Segundo a oceanógrafa e analista ambiental, Monica Brick Peres, gerente de biodiversidade aquática e recursos pesqueiros da secretaria de biodiversidade e floresta do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o alto preço cobrado no mercado internacional pela barbatana ameaça as espécies no mundo e no território brasileiro.
O alto preço cobrado no mercado internacional pela barbatana ameaça as espécies no mundo e no território brasileiro. "Essas espécies estão ameaçadas de extinção no mundo e no Brasil, com declínios populacionais acentuados. A principal ameaça a todas elas é o mercado internacional de barbatanas (nadadeiras, no caso de tubarões e guelras, no caso das arraias), que atingem altíssimo valor no mercado oriental", afirmou Monica à Agência Brasil. Ela foi uma das coordenadoras da proposta brasileira.
A analista ambiental destacou que a inclusão dessas espécies não significa proibição de pesca ou limitação de mercados, mas um maior controle do comércio.
A conferência também rendeu a votação brasileira a favor de várias propostas de controle e proteção de outras espécies ameaçadas.
Fonte:
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