Autoridades chinesas mandam encerrar fábrica de químicos.


As autoridades reagiram este domingo após milhares de pessoas se terem manifestado reclamando a deslocalização da fábrica de produtos químicos devido a receios de poluição.

A polícia anti-motins foi chamada a intervir mas à excepção de alguns incidentes isolados não há notícia de confrontos.

O evento envolveu mais de 12 mil pessoas na cidade portuária de Dalian, no nordeste da China.

Os manifestantes afirmam-se preocupados com a possibilidade de ocorrência de um desastre ambiental na fábrica que produz paraxileno, produto de elevado teor tóxico.

No dia 8 de agosto, os residentes próximos à fábrica foram evacuados depois de vagas provocadas por uma tempestade terem danificado um dique de proteção criando um risco de desastre ambiental.

Desde então o dique teria sido reparado mas isso não bastou para acalmar os manifestantes que reclamam um ambiente saudável.


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Congresso debate os desafios para o Direito Ambiental


No dia do encerramento do Congresso Internacional de Direito Constitucional “A Constituição e o Meio Ambiente”, realizado neste dia 27, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, o ministro Gilmar Mendes proferiu palestra com o tema “A Constituição Federal e o Meio Ambiente na Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”. 

Ele destacou a importância do congresso racionalizar o debate sobre as questões ambientais e lembrou que o Congresso tem o desafio de encontrar o ponto de equilíbrio com relação à competência dos Estados e da União. “Temos que definir quais os limites de atuação de cada uma das esferas. O que vem ocorrendo, é que muitas questões acabam sendo resolvidas no Supremo, mas o Congresso precisa inverter esse trânsito. Hoje muitas atos do Judiciário acabam por definir o que é competência ou não da União”, declarou Mendes.

O ministro citou como exemplo o debate sobre a transposição das águas do Rio São Francisco. “As águas dos rios são bens comuns, e o STF definiu que o assunto deve ser discutido no âmbito federal, ou seja, pela União.

O senador Pedro Taques, em palestra realizada no mesmo dia e evento, concordou com Mendes sobre o desafio do Congresso. “Mas enquanto o Senado e Câmara Federal não decidem quem é responsável pelo quê, o Judiciário precisa decidir”, disse Taques em entrevista ao Circuito Mato Grosso.

O professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Valério Mazzuoli, proferiu palestra sobre Os Desafios do Direito Brasileiro na área do Meio Ambiente. Entre outras declarações, o professor afirmou que o Congresso brasileiro pouco observa os tratados internacionais na hora de decidir sobre questões ambientais. “É como se as convenções internacionais não estivessem publicados no Diário da União, como se servissem para simples diplomacia.

Iniciado nesta sexta (26), o congresso também abordou elaboração do Código Florestal e o desenvolvimento sustentável. No primeiro dia de evento, também ministraram palestras os parlamentares, Kátia Abreu, senadora de Tocantins; Jorge Viana, senador do Acre; e Aldo Rebelo, deputado federal e relator do Código Florestal. O tema atraiu manifestantes que nesta sexta reivindicaram maior participação da sociedade nas discussões sobre as novas leis ambientais.

O Congresso foi realizado pela União do Ensino Superior de Diamantino (UNED), com patrocínio do Instituto Brasiliense de Direito Público - IDP, Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Editora Consulex e OAB-MT, e contou o patrocínio de Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (AMPA), Cargill, Grupo MPE, Governo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Marfrig, TBM Textil, Noble do Brasil e Aprosoja.

Fotógrafo faz retratos de espécies ameaçadas de extinção

O americano Joel Satore fotografou animais ameaçados de extinção em estúdio, como parte de um projeto para aumentar a conscientização sobre a preservação da vida selvagem. Acima, um babuíno de cinco meses de idade, criado em cativeiro.

O americano Joel Satore fotografou animais ameaçados de extinção em estúdio

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O americano Joel Satore fotografou animais ameaçados de extinção em estúdio, como parte de um projeto para aumentar a conscientização sobre a preservação da vida selvagem. Satore, de 49 anos, fotografou a maior parte dos animais contra fundos brancos ou pretos, para dar mais destaque à aparência impressionante das espécies.

Para ele, as fotografias de estúdio fazem com que todos os animais tenham o mesmo tamanho proporcional e sejam tratados com a mesma importância. O americano é fotógrafo da National Geographic Society há 20 anos, e planeja registrar espécies em extinção em todo o mundo.

"As pessoas não vão tentar salvar os animais se não souberem que eles existem." Satore reuniu algumas das imagens no livro Rare - America's Endangered Species (Raros - As espécies ameaçadas da América)

Praias de Fortaleza não têm placas que avisam sobre poluição

Governo diz que placas são arrancadas pela população e pelos donos de barracas. Hoje, 60% do litoral da cidade está impróprio para banho.

Foto: Daniel Aderaldo/iG

Praia do Mucuripe, em Fortaleza: cinco dos dez pontos em que são coletadas amostras de água do mar estão poluídos.

Fortaleza tem 27 quilômetros de orla marítima. A cor esverdeada e a temperatura agradável das águas do mar são um convite para o banho. O clima aprazível e tanta beleza, contudo, podem esconder perigos para a saúde dos banhistas. Um estudo mostra que 60% das praias de Fortaleza estão poluídas. Como não há nenhum tipo de sinalização informando sobre a balneabilidade das águas, como acontece em São Paulo, por exemplo, a população não tem como saber se pode ou não entrar na água.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) monitora a balneabilidade das águas da capital cearense e divulga boletins semanais informando quais pontos estão próprios para o banho e quais não estão. Analisando os boletins do primeiro semestre de 2011, os técnicos concluíram que 19 dos 31 pontos avaliados ao longo de toda a extensão do litoral da cidade estão poluídos.

O problema é que esses boletins são disponibilizados apenas no site do órgão responsável e por meio da imprensa local. Quem vai à praia no final de semana sem ler o jornal, portanto, corre o risco de nadar em águas que irão causar doenças intestinais e de pele, por exemplo. Não há nenhum tipo de informação nas praias informe o banhista sobre a qualidade das águas. Falta sinalização.

O gestor ambiental da Semace, Lincoln Davi Mendes, afirma que o órgão já tentou instalar placas nos pontos considerados impróprios, mas a iniciativa fracassou, porque, segundo ele, a própria população retirava a sinalização de alerta. “Nunca houve flagrante para dizer que é o barraqueiro ou os banhistas que tiravam as placas”, conta.

"O boca a boca funciona muito bem”, diz gestor ambiental do governo

Em praticamente todas as praias de Fortaleza, e não apenas na Praia do Futuro – a mais conhecida – , existem estabelecimentos comerciais instalados na areia, que oferecem comida, bebida e vários serviços. Essas “barracas de praia”, apesar de serem chamadas assim, em muitos casos, são verdadeiros complexos de lazer. Não seria comercialmente interessante estar instalado em um ponto da orla onde uma placa informa que o mar esta sujo.

No centro do litoral de Fortaleza, onde estão praias movimentadas como as do Náutico e Mucuripe, nos dez pontos em que são coletadas amostras de água do mar, a metade foi classificada como poluída. Próximo a tradicional feirinha de artesanato da avenida Beira Mar uma galeria pluvial gigante leva não apenas esgoto sem tratamento para o mar, como despeja junto dejetos sólidos. Mesmo com tanto lixo no entorno, ainda existem pessoas que utilizam a área para o lazer.

A presidenta da Associação dos empresários donos de barracas da Praia do Futuro, Fátima Queiroz, é proprietária de uma barraca há mais de 20 anos e diz que só uma vez foram instaladas sinalizações com aviso sobre a balneabilidade das águas. “Só em 1995, se não me engano, colocaram umas placas com hastes de ferro, que foram corroídas pela maresia até sumirem”, conta. Ela nega que os donos das barracas arranquem as placas.

Praia do Futuro

Foto: Daniel Aderaldo

Canal leva água poluída para o mar da Praia do Futuro

Os oito quilômetros de extensão da orla da Praia do Futuro já foram considerados um dos mais limpos entre as praias urbanas do Brasil. Segundo o relatório da Semace, no setor leste do litoral, onde está a Praia do Futuro, dos 11 pontos analisados, apenas cinco foram considerados próprios para banho.

A maior parte do problema está na rede de esgotamento sanitário do município, que cobre apenas 52% da cidade. Com isso, a população acaba ligando esgotos clandestinos às galerias pluviais. Essas galerias deveriam servir apenas para escoar a água da chuva. Como tudo que é coletado por elas vai parar no oceano, a sujeira acaba poluído as águas. Mas não são apenas residências que poluem o oceano com seus esgotos sanitários. Das 80 barracas em funcionamento na Praia do Futuro, apenas 23 estão ligadas à rede de esgoto. A Prefeitura de Fortaleza tem um projeto para mudar isso, mas foi embargado pelo Ministério Publico Federal.

O rio Cocó, que deságua nesse trecho do litoral, aumenta a poluição. O rio nasce na Serra de Aratanha em Pacatuba, na região metropolitana, e tem 87,5% dos seus 50 quilômetros de extensão poluídos. Todo dejeto que é jogado nesse rio também vai parar no oceano, como acontece com as galerias pluviais.

Periferia

Na outra ponta da orla de Fortaleza é o rio Ceará que contribui com a sujeira no litoral oeste. O lugar é um dos mais belos da cidade, e onde a situação é mais grave

Desavisados, os banhistas se expõem a várias doenças mergulhando em águas que, em determinados períodos, apresentam índices de poluição duas vezes maior que o tolerável, como é o caso do setor oeste, onde ficam alguns dos bairros mais pobres da cidade. Dos dez pontos analisados, somente um foi tido como próprio para o banho.

Foto: Daniel Aderaldo

Barra do Ceará, no litoral oeste de Fortaleza

O gestor ambiental da Semace, Lincoln Davi Mendes, afirma que a equipe que faz a coleta para os testes sobre a qualidade da água costuma avisar aos moradores do entorno sobre a situação. “O boca a boca funciona muito bem nesses casos”, defende.